Image

Novos dados do Dataliner: Fretes marítimos caem com demanda internacional fraca

nov, 01, 2022
Novos dados do Dataliner: Fretes marítimos caem com demanda internacional fraca

Dados recém divulgados pelo DataLiner, ferramenta de inteligência de mercado da Datamar sobre o mês de setembro de 2022 apontam para uma estabilidade do comércio exterior brasileiro via contêineres.

Apesar de o nono mês do ano registrar um crescimento de 14,83% nas importações  brasileiras via contêineres em relação a setembro de 2021 – percentual também superior aos meses de setembro dos três anos anteriores – no acumulado de 2022 (janeiro a setembro) as importações ainda são 6,25% menores que em iguais meses de 2021.

Vale destacar que 2021 foi atípico para as importações, pois houve uma recuperação da atividade econômica, que foi afetada no ano anterior pela pandemia causada pela Covid-19.

Confira no gráfico abaixo um histórico das importações brasileiras via contêineres. O gráfico foi elaborado a partir dos dados do DataLiner:

Importações brasileiras via contêineres | Jan 2019 – Set 2022 | TEUs

Novos dados do Dataliner: Fretes marítimos caem com demanda internacional fraca

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Exportações

Nas exportações brasileiras via contêineres, em setembro, o movimento foi de estabilidade, com um leve crescimento de 0,70% em relação a igual mês de 2021. Os dados do Dataliner apontam também para um equilíbrio com os volumes de igual período de 2020.

O volume acumulado nos nove primeiros meses do ano, por sua vez, apontam para uma queda de 1,32% em comparação com janeiro a setembro de 2021 e acima de igual período dos dois anos anteriores.

Acompanhe no gráfico abaixo um histórico das exportações brasileiras via contêineres a partir de 2019:

Exportações brasileiras via contêineres | Jan 2019 – Set 2022 | TEUs

Novos dados do Dataliner: Fretes marítimos caem com demanda internacional fraca

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Fretes marítimos despencam

Um dos termômetros da atividade econômica, os fretes marítimos internacionais têm registrado queda. O movimento, que também se aplica à Costa Leste da América do Sul, é reflexo da recessão global, desencadeada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Com a queda do consumo e da demanda das importações, os navios estão sendo subutilizados. Soma-se a isso o fato dos principais problemas que dificultavam a logística marítima internacional, como o lockdown dos portos chineses por conta da política adotada pelo país de baixa tolerância à Covid e o congestionamento dos portos americanos, equacionados. Todos esses fatores levaram os fretes a cair substacialmente.

Os armadores lutam para sustentar as taxas à medida que a demanda recua, mas o excesso de capacidade pesa nas tarifas. Apesar de adotarem viagens em branco, o mercado continua fraco.

De acordo com o boletim Platts Americas Container Freight, da S&P Global, as taxas de fretes do Norte da Ásia à Costa Leste da América do Sul permaneceram estáveis ​​em US$ 5.300/FEU na última semana.

Já nesta semana, segundo o mesmo boletim Platts, o frete marítimo para a América do Sul continuou estável, com a única mudança ocorrendo no PCR32 – Costa Leste da América do Sul para o Norte da Ásia – que caiu US$ 100, ou 5%, para US$ 1.900/FEU. Fontes no Brasil e no Chile disseram que esperam que as taxas de importação e exportação permaneçam estáveis ​​até o final do ano.

Perspectivas

Para o final de 2022, a perspectiva é que a crise econômica mundial continue. Segundo o “Panorama Econômico Mundial” de outubro de 2022, documento trimestral elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com previsões para o futuro da economia global, as perspectivas não são boas.

Para o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, entre este e o próximo ano, um terço dos países vai entrar em recessão. Gourichas acredita que os choques econômicos de 2022 vão reabrir “feridas” que estavam começando a ser “curadas” após a pandemia.  Ele disse que as três principais economias do planeta – Estados Unidos, China e zona do euro – vão sofrer com crescimento baixo, correndo o risco de estagnação.

Para o FMI, a inflação deve atingir um pico de 9,5% neste ano para então desacelerar para 4,1% até 2024.

Share: Image Image Image